A imprensa vem repercutindo a “irritação” do advogado-geral da União Luís Inácio Adams com a atuação da Defensoria Pública da União (DPU) na questão que envolve a anulação da prova do Enem, realizada no último dia 06. O Enem 2010 foi alvo de várias denúncias de irregularidades.
“Adams se irritou com a atuação da Defensoria Pública da União, que vem coletando queixas de alunos para pedir a anulação da prova. Segundo ele, o papel da Defensoria é proteger pessoas carentes, de baixa renda. Não é necessariamente o caso dos alunos que fizeram o Enem”, destacou hoje (12/11) o Estadão (“União se antecipa e recorre para manter Enem”).
O número de inscritos no Enem de 2010 é o maior de todos já registrados desde 1998, ano em que o exame foi criado. No total, 4.611.441 candidatos inscreveram-se. Aqui cabe a pergunta: deste amplo universo, quantos seriam “pessoas carentes, de baixa renda”? É fato que, embora as estatísticas demonstrem melhora nas condições de vida dos brasileiros, a maioria da população ainda não possui condições de custear os serviços de um advogado.
Para o defensor público-chefe da DPU/RJ, DPF Ariosvaldo de Gois Costa Homem, a atitude do representante da AGU serve para reforçar os argumentos de que a Defensoria Pública da União deve ser autônoma. “Temos que ter autonomia para podermos contrariar os interesses do Governo em benefício dos assistidos. Neste caso, por exemplo, dentre a clientela dos que fizeram a prova do Enem tem um grande número de hipossuficientes”, afirmou.
A atuação da DPU é 100% nas Justiças Federais e quase na sua totalidade contra a União.
Comunicação DPU/RJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário