17 de maio de 2019

DPU participa de eventos que marcam o Dia de Combate a LGBTfobia


Para marcar o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia (17 de maio) o Grupo de Trabalho Identidade de Gênero e Cidadania LGBTI da Defensoria Pública da União (DPU) participou de eventos durante esta semana voltados para a promoção e defesa da diversidade e combate à discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero. A LGBTfobia é considerada um crime de ódio motivado pelo fato de a vítima ser lésbica, gay, bissexual, pessoas trans ou intersexual. No dia 17 de maio de 1990, a OMS retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças, desde então, esta data é lembrada como um dia de luta contra o preconceito.

Na quarta-feira (15) a defensora pública federal Carolina Castelliano, coordenadora do GT Identidade de Gênero e Cidadania LGBTI da DPU, a convite do deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE), participou de audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que discutiu projetos de lei com temática LGBTI. Na ocasião, a defensora apresentou dados e mostrou a atuação da Defensoria Pública da União neste campo.


Segundo Carolina, “mais do que medidas preventivas é preciso que o parlamento esteja atento para que propostas violadoras de direitos não sejam aprovadas. Tais propostas não protetivas vêm no intuito não apenas de violar direitos, mas também de violar formas de existência, uma vez que a forma como a pessoa se identifica e a expressão dessa identificação, seja em termos de gênero ou de orientação sexual, é uma dimensão da existência individual.”.


Já nesta sexta-feira (17), a coordenadora do Grupo de Trabalho LGBTI da DPU, marcou presença em evento que reuniu representantes da comunidade LGBTI, autoridades de diversas instituições públicas, ativistas e líderes de movimentos sociais na sede da Prefeitura do Rio de Janeiro para o lançamento do Guia da Diversidade LGBT. A defensora pública federal ressaltou que “é essencial que espaços estatais priorizem e promovam de fato garantias e direitos da população LGBTI em razão do alto grau de vulnerabilidade deste grupo”.

O Brasil é o campeão mundial de mortes de LGBTIs: em 2019, foram 126 homicídios de janeiro a maio – ou um a cada 23 horas. Outro dado significativo é a expectativa de vida para pessoas trans que é de 35 anos, metade da expectativa nacional. Já o índice de suicídios é oito vezes maior no grupo LGBTI que no restante da população.


GT Identidade de Gênero e Cidadania LGBTI

A Defensoria Pública da União tem atribuição para atuar na tutela individual e coletiva em qualquer violação de direitos humanos associada à identidade de gênero e cidadania LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Pessoas Trans e Intersexuais). Por meio do Grupo de Trabalho, são desenvolvidas atividades, em âmbito nacional, para efetivar a garantia constitucional de cada indivíduo desfrutar de todos os direitos humanos, livre de discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A prática de ato discriminatório ou que incite o preconceito ou a violência de gênero pode ser comunicada ao GT e qualquer pessoa que se sentir vítima de preconceito ou discriminação por questões de gênero e sexualidade pode procurar uma das sedes da Defensoria Pública da União nos estados ou no Distrito Federal.

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