O
anúncio dos vencedores das seis categorias da 15ª edição do Prêmio Innovare
(2018) só será feito na cerimônia de premiação, programada para o dia 06 de
dezembro, no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, mas,
sejam quais forem os resultados, a Defensoria Pública da União (DPU) já pode
comemorar. As duas práticas finalistas na “Categoria Defensoria Pública” são iniciativas,
que contam com atuação de defensores públicos federais.
São
elas:
** “Ronda de Direitos Humanos (RONDADH)” (Rio de Janeiro/RJ)
- Carla Beatriz Nunes Maia e Renan Vinícius Sotto Mayor de Oliveira.
Formada
por representantes da Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU/RJ),
Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro (DPGE/RJ) e movimentos da
sociedade civil, a Ronda DH percorre as ruas do Rio de Janeiro com o objetivo
de verificar se a população em situação de rua da cidade vem sofrendo algum
tipo de violência por parte dos agentes públicos, geralmente vinculados aos
órgãos de Segurança, como a Guarda Municipal e a Polícia Militar, e ao Programa
Segurança Presente. São coletados documentos e informações, inclusive com o
preenchimento de questionário, para que se possa agir contra qualquer tipo de
violação de direitos.
A
Ronda DH, por atuar em pontos estratégicos da cidade, alcança um número
expressivo de atendimentos e aproxima essas pessoas dos órgãos do Sistema de Justiça,
promovendo a conscientização de direitos. Além disso, possui uma página no
Facebook, na qual divulga suas atividades, promove outras iniciativas que
também tenham como foco a defesa dos Direitos Humanos e abre canal para
denúncias que digam respeito à sua atuação. O uso das redes sociais na Internet,
bem como a utilização dos meios de comunicação, têm sido ferramentas eficazes
para interromper o ciclo de impunidade, que era justamente o que incentivava a reiteração
das violações.
À
frente dos trabalhos da Ronda DH, estão a defensora pública estadual Carla
Beatriz Nunes Maia e o defensor público federal Renan Vinícius Sotto Mayor de
Oliveira, secretário de Direitos Humanos na DPU/RJ até 13/08/2018, data em que
foi nomeado secretário-geral de Articulação Institucional – SGAI, com atuação em
Brasília/DF.
** “Eu quero ser ouvido! Atuação integrada da Defensoria Pública e do Ministério Público Federal no Espírito Santo garante direitos aos atingidos pelo desastre ambiental na Bacia do Rio Doce” (Vila Velha/ES)
- Mariana Andrade Sobral, Paulo Henrique Camargos Trazzi, João Marcos Mattos Mariano, Rafael Mello Portella Campos, Maria Gabriela Agapito da Veiga Pereira da Silva, Francisco de Assis Nascimento Nóbrega e Vinicius Lamego de Paula.
A
prática envolve o somatório de esforços institucionais e a elaboração de
estratégias conjuntas para atuação diante dos impactos do desastre causado pela
empresa Samarco no Espírito Santo. Privilegiou-se o contato direto com as comunidades
atingidas, de forma desburocratizada, sob o viés da humanização e do respeito
aos saberes tradicionais e modos de vida, até então renegados pelos causadores
do dano. A prática, em pleno curso, fez com que as instituições atuantes no
contexto do desastre no Espírito Santo adquirissem maior aceitabilidade e
confiança por parte da sociedade civil e, para além do marco legislativo,
passassem a ser encaradas como catalizadores e potencializadores de legítimas
demandas da comunidade.
A
realização dessa iniciativa foi possível, graças à parceria entre a DPE/ES, o
MP e a DPU, através dos defensores públicos federais João Marcos Mattos Mariano
(defensor regional titular de Direitos Humanos do Espírito Santo – DRDH/ES) e
Francisco de Assis Nascimento Nóbrega (atualmente no 1º Ofício Previdenciário
da DPU em Pernambuco (Recife/PE), exerceu até 13/08/2018, o cargo de
secretário-geral de Articulação Institucional – SGAI, em Brasília/DF).
A 15ª Edição do
Prêmio Innovare recebeu 654 inscrições nas categorias Tribunal, Juiz,
Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia e Justiça e Cidadania. Desse
total, 12 práticas foram classificadas para concorrer na grande final. A “Categoria
Defensoria Pública” recebeu 34 inscrições.
Sobre o Prêmio
Innovare
Lançado em 2004, o
Prêmio Innovare dedica-se a identificar, divulgar e difundir práticas que
contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil, colaborando para sua
modernização e bom funcionamento. A premiação foi criada e é mantida pelo
Instituto Innovare, uma associação sem fins lucrativos, com a parceria do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB), da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público
(CONAMP), da Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP), da
Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), do Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Nacional dos Procuradores da
República (ANPR), da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
(ANAMATRA), com o apoio do Grupo Globo. Participam da Comissão Julgadora,
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ),
desembargadores, promotores, juízes, defensores, advogados e outros
profissionais de destaque interessados em contribuir para o desenvolvimento do
Poder Judiciário.
Todas as iniciativas,
mesmo que não sejam premiadas, são arquivadas no site do Instituto Innovare (www.premioinnovare.com.br), para que possam
ser consultadas por um sistema de buscas por palavra-chave, categoria ou estado
da federação. Ao todo, o banco já reúne mais de seis mil práticas dos mais
variados temas, disponíveis para inspirar novas iniciativas ou colaborar na
implementação destes trabalhos onde for necessário.
Comunicação DPU/RJ
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